Ainda sobre o “quem não deve não teme” e o não tenho nada a esconder
Por Jane Reis Gonçalves Pereira
A falácia do quem não deve não teme, assunto de que tratei no post anterior, tem sido objeto de atenção por ativistas de direitos humanos e acadêmicos, que demonstram grande preocupação com as violações à privacidade que se seguiram ao 11 de setembro e que permeiam as discussões sobre vigilância na internet.
Um interessante texto de Richard Falkving, fundador do Partido Pirata da Suécia, trata de vários pontos que abordei no post anterior ao falar dos perigos do “nothing to hide”. Ele está traduzido para o português aqui e foi originalmente publicado aqui.
O scholar norte-americano Daniel J. Solove escreveu um badalado paper sobre o assunto, intitulado “I´ve Got Nothing to Hide’ and Other Misunderstandings of Privacy”. Publicou também um livro sobre o tema.
A privacidade anda fora de moda e os argumentos em favor de sua proteção são progressivamente fragilizados pela propagação da máxima do “quem não deve não teme”, ou “não tenho nada a esconder”. Esse é um tema que, também no Brasil, merece mais atenção.
Publicado em 13 13+00:00 setembro 13+00:00 2012, em Uncategorized. Adicione o link aos favoritos. Deixe um comentário.
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